domingo, 29 de julho de 2012

Vive la France?

François Hollande durante cerimônia do 14 de julho (MercoPress)


Em 2 meses e 14 dias no poder, o presidente francês, François Hollande, tem passado por uma série de acertos e derrotas durante sua administração que somadas levaram a sua popularidade cair cinco pontos em julho.

No aspecto político, o líder socialista tem conseguido aprovar decisões bastantes populares. Graças à nomeação de Jean-Marc Ayrault como primeiro-ministro, devido a maioria socialista na Assembleia Nacional, as relações com a Alemanha foram intensificadas, aprovou-se a saída das tropas francesas do Afeganistão e foi anunciado um projeto de aprovação do casamento gay na França.


Contudo, no campo da economia, o mandatário francês só tem presenciado sucessivas derrotas. O PIB ficou estagnado nesse primeiro semestre e promete crescer míseros 0,3% em 2012; e o desemprego está na casa dos 10%, maior em 12 anos.

Procurando cortar o déficit público que hoje chega a 5,2% do PIB, Hollande pôs em prática uma série de aumentos de impostos no valor de 7,2 bilhões de euros, incluindo um imposto pesado sobre a renda das famílias e grandes corporações. Nem mesmo o atacante sueco Ibrahimovic se safou do aumento da alíquota do imposto de renda para 75%.

O símbolo da crise que enfrenta a França nos dias de hoje é a gigante de automóvel Peugeot. Ele teve prejuízos de 800 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano e anunciou um “plano social” a fim de reduzir em 8 mil os postos de trabalho em todo o país.

Com esse cenário apocalíptico que pelas previsões não cessará tão cedo, espera-se que o mais cedo possível a França, juntamente com toda a Europa, saia dessa situação triste e lamentável de recessão e desemprego. Que esse pesadelo passe e que possamos gritar vive la France!

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