Dez curiosidades sobre Elizabeth II

Rainha Elizabeth II durante a parada militar de seu aniversário em 1960 (Associated Press)

De domingo até a última terça-feira, Londres encheu-se de alegria para comemorar os 60 anos de ascensão da rainha Elizabeth II ao trono do Reino Unido. Com a morte de seu pai, George VI, em 6 de fevereiro de 1952, Elizabeth se tornara monarca de 16 países.

Embalado por este clima de celebração, preparei 10 curiosidades a respeito de Sua Majestade Elizabeth II, rainha do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte e dos Seus Outros Reinos e Territórios.


1- Ela não possui passaporte:
Ao longo de 60 anos de reinado, Elizabeth II visitou mais de 110 países. Por mais que tenha sido o monarca mais viajado da História, a rainha nunca precisou usar um passaporte, isso porque os documentos no Reino Unido são emitidos em nome de “Sua Majestade Britânica”.

2- Possui duas datas de aniversário:
A rainha Elizabeth II nasceu em 21 de abril de 1926, contudo cada país da Comunidade das Nações estabeleceu uma data fixa para comemorar o nascimento da monarca. No Reino Unido, por exemplo, celebra-se no primeiro, segundo ou terceiro sábado de junho, segundo tradição surgida em 1748.

3- Ela não leva o nome de seu marido:
Inicialmente, a família de Elizabeth II se chamava Saxe-Coburgo-Gota, de ascedência alemã, contudo, preferiu-se mudar para Windsor, por causa do sentimento anti-germânico surgido após a 1ª Guerra Mundial. O mesmo acontece com seu marido, o príncipe Philip, que ao ficar noivo de Elizabeth, largou o sobrenome do pai, Schleswig-Holstein-Sonderburg-Glücksburg, de ascendência teuto-dinamarquesa, e adotou Mountbatten. Contudo, com a coroação de Elizabeth II, o então primeiro-ministro Winston Churchill, através de instrumentos legais, conseguiu evitar que a própria rainha e seus descendentes levassem o nome Mountbatten.  

4- Quando ascendeu ao trono havia na Inglaterra três rainhas:
Com a morte do rei George VI e natural ascensão de Elizabeth II em 6 de fevereiro de 1952, havia no Reino Unido três rainhas: a própria monarca, sua mãe,  rainha Elizabeth, conhecida popularmente como “rainha mãe”, e sua avó, rainha Mary,  mãe de George VI e consorte do rei George V.

5- Um adolescente tentou matá-la:
Durante a parada militar de seu aniversário, em 13 de junho de 1981, a rainha Elizabeth II quase foi atingida por seis disparos efetuados por Marcus Sarjeant, adolescente de 17 anos que idolatrava o assassinato do presidente americano John F. Kennedy e do ex-Beatle John Lennon. Sarjeant foi enquadrado na Lei da Traição de 1842 e passou três anos preso numa prisão psiquiátrica. Após ter sido solto, mudou de nome e começou uma nova vida.

6- Já reinou em todos os continentes do mundo:
Ao longo de 60 anos de reinado, o número de países que possuem a rainha Elizabeth II como chefe de Estado variou muito. Ao todo foram 32 países em todos os continentes, mas hoje só são 16, contudo, ela ainda reina em 14 Territórios britânicos ultramarinos e 3 Dependências da Coroa, espalhados pelo mundo inteiro.

7- Serviu no Exército britânico durante a 2ª Guerra Mundial:
Em fevereiro de 1945, a então princesa Elizabeth serviu no Serviço Territorial Auxiliar como segundo-tenente. Lá ela dirigiu caminhões militares e também fez cursos de mecânica, sendo promovida a capitão cinco meses depois.

8- Não canta o hino do Reino Unido:
Por ser uma canção que pede a Deus que abençoe o monarca, a rainha Elizabeth não canta God Save the Queen. Durante as cerimônias oficiais com a presença da rainha, é comum perceber que a única pessoa que não canta é ela, e que todos os presentes, civis e militares, se colocam observando fixamente a monarca.

9- Foi a primeira chefe de estado a ter e-mail:
A rainha Elizabeth II mandou um e-mail pela primeira vez em 1976, quando participava de uma cerimônia no Royal Signals and Radar Establishment. A mensagem foi transmitida pela ARPANet, primeira rede operacional de computadores e precursor da Internet.

10- Acordou uma noite com um estranho no seu quarto:
Certa noite em 1982, enquanto a rainha dormia em seu quarto no Palácio de Buckingham, ela se deparou com um intruso, Michael Fagan, na beira de sua cama. Impossibilitada de chamar a guarda real, Elizabeth conversou sete minutos com o estranho homem, ouvindo até os seus problemas pessoais. Finalmente um mordomo acordou e prendeu Fagan, que foi condenado a passar seis meses internado num hospital psiquiátrico.